Capacidade de produção da energia solar no primeiro semestre de 2023 supera todo o resultado de 2022

10/07/23 | São Paulo

Reportagem publicada pelo G1

A energia solar já é a segunda maior fonte de energia do Brasil. E a capacidade de produção no primeiro semestre superou todo o resultado de 2022.

Do alto nem é preciso procurar muito, e um telhado diferente logo aparece. A energia fotovoltaica é a produção de eletricidade a partir da luz do sol. E o resultado dessa fórmula é economia. Mesmo em uma pequena imobiliária. O sistema foi instalado há menos de dois meses e custou R$ 62 mil. A conta de luz já veio mais baixa.

“A gente tinha aqui um consumo de mais ou menos R$ 700, mais outros imóveis que a gente também tem na mesma titularidade que atingiu uma média de uns R$ 1 mil por mês. Então, a gente paga para cada instalação dessa a taxa mínima que é de R$ 50 em média”, conta Renan Machado Lopes, gerente financeiro de imobiliária.

Esse tipo de energia, gerada no próprio imóvel, é chamada de distribuída. Dos 5.568 municípios do país, ela está presente em 5.530 – 99% do território nacional.

Outra maneira de se aproveitar a energia que vem do sol é instalar os painéis no chão mesmo em terrenos na cidade ou mesmo na zona rural. No caso mostrado, são 12 mil painéis que vão zerar a conta de luz da indústria que fez o investimento. E o que sobrar vai virar crédito para outras pequenas e médias empresas.

A fábrica de cabos tem a linha de produção cheia de equipamentos elétricos. A conta vai ser zerada só com 30% do que a usina solar, que fica ao lado da empresa vai produzir. Os outros 70% serão vendidos para futuros assinantes.

“Pequenos empresários, supermercados, hotéis, gostaríamos de levar a energia saudável e limpa para nossa região”, diz João Arantes, CEO da Cabletech.

Essa modalidade de geração, a compartilhada, disparou no Brasil nos últimos anos. Eram menos de 500 usinas em 2019. Hoje, se aproximam de 5,4 mil. Nesse sistema, a energia excedente produzida vai para a concessionária da região e depois é vendido para outras empresas e também para o consumidor doméstico. Mas essa conta fecha?

“Essa conta fecha. O consumidor vai nesse caso receber duas faturas em vez de uma. Uma fatura da distribuidora, e outra que é a fatura dessa empresa de energia solar. Só que a soma das duas faturas vai ser menor do que ele pagava mês a mês para distribuidora”, explica Rodrigo Sauaia, presidente-executivo da ABSOLAR.

A potência total instalada de energia solar só cresce no Brasil. Saiu de pouco menos 1.200 megawatts em 2017; dobrou no ano seguinte; e praticamente manteve o ritmo de crescimento a cada ano. Em apenas 6 meses de 2023, a potência instalada já é 26% maior que em 2022.

Na matriz energética do país, a energia solar já é a segunda com maior capacidade de geração, só perde para a energia gerada pelas hidrelétricas.

“Hoje, na média, só 2% a 3% dos consumidores faz o uso de energia solar. Então, a gente ainda tem um universo imenso ainda para ser explorado, muitas oportunidades de geração de negócio, e também de geração de emprego e renda para população com uso da energia solar, que a gente ainda vai poder desbravar”, afirma o presidente-executivo da ABSOLAR.

FONTE : G1

Sistema abastecerá imóveis públicos, gerando economia anual de aproximadamente R$ 2 milhões para o município

Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou, nesta quinta-feira (13), o vencedor da licitação da PPP (Parceria Público-Privada) do Solário Carioca – projeto de instalação de usina solar no antigo aterro sanitário, localizado no bairro Santa Cruz.

Participaram da licitação duas empresas, e o grupo vencedor foi o Consórcio Rio Solar, com o lance de 20,5% de desconto sobre a tarifa vigente da Light.

sistema fotovoltaico, que terá 5 MW, ocupará o terreno do aterro, atualmente desativado, e abastecerá imóveis públicos, gerando economia anual de pelo menos R$ 2 milhões para o município. A estimativa é que a energia gerada abasteça cerca de 45 escolas municipais ou 15 UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).

De acordo com a Pasta, o investimento privado será de R$ 45 milhões em um período de 25 anos. Serão mais de 11 mil painéis que devem ser instalados em 1 ano após assinatura do contrato – prevista para agosto. A Prefeitura já mapeou ao menos mais quatro outras áreas para implantação de outras plantas do tipo na cidade.

Lucas Costa, diretor de estruturação de projetos da CCPar (Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos), explica que o projeto é um novo marco na transição energética da cidade.

“É um projeto em que o município ganha em diversas frentes: primeiro, pela produção e utilização de energia limpa e renovável pela Prefeitura; depois, pela redução de custos significativa, viabilizando direcionar estes recursos poupados para outras políticas públicas; e finalmente, por dar uma destinação sustentável a um antigo aterro sanitário, um terreno inutilizado pelo uso anterior”, disse.

Segundo Jean Caris, subsecretário de Planejamento e Acompanhamento de Resultados, da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento, com a licitação concluída, a cidade avança em mais uma etapa do projeto, que está previsto no Plano de Desenvolvimento Sustentável e Ação Climática e no Plano Estratégico 2021-2024.

Sobre o Solário Carioca

O Solário Carioca é um projeto que contou com a coordenação do Escritório de Planejamento da Fazenda desde a fase de aplicação inicial e que agora está sendo implementado pela CCPar, contribuindo para que o município neutralize suas emissões de gases de efeito estufa e promova novos empregos verdes.

A iniciativa trará ainda um grande impacto financeiro na redução de gastos com pagamento de contas de energia. O projeto foi estruturado em parceria com o grupo C40 cities e a agência alemã GIZ pelo programa CFF – Cities Finance Facility. A expectativa é retirar pelo menos 40 mil toneladas de carbono por ano da atmosfera com a implantação do Solário Carioca.

FONTE: CANAL SOLAR – Autor: Mateus Badra

Muita gente paga a energia elétrica sem analisar a discriminação da fatura vinda da concessionária. É aí que, sem perceber, muitos empresários arcam com uma multa bem comum que onera em até 30% a conta no final de cada mês. A fatura de energia elétrica não discrimina a penalidade como multa e sim como “energia reativa excedente”, fato que, por vezes, confunde o consumidor e o distancia de soluções que podem reduzir o valor da conta de 5% a 30%.

A multa intitulada “energia reativa excedente” é a penalidade dada pelas concessionárias às empresas que possuem um baixo fator de potência, reflexo do mau aproveitamento da energia elétrica. O fator de potência, expresso em porcentagem, é a relação entre as potências reativa, aparente e ativa. 

A potência ativa é aquela que pode ser transformada em trabalho. É a responsável por fazer um motor funcionar, acender as lâmpadas da casa ou manter o sistema de aquecimento, por exemplo. Observe sua conta de luz e veja que a energia ativa é medida em quilowatt-hora (kWh).

Já a potência reativa é essencial para o funcionamento de máquinas elétricas, como motores de indução. Ela circula entre um equipamento e a fonte de alimentação, sem produzir nenhum trabalho, a não ser manter esses campos em funcionamento. A energia reativa é medida em quilovolt-ampere-reativo-hora (kVArh).

Alguns equipamentos elétricos precisam das energias ativa e reativa para funcionar. Mas, apesar de necessária, a utilização da energia reativa deve ser limitada ao mínimo possível, pois quando em excesso, exige condutores de maior secção e transformadores de maior capacidade.

Por que multar os consumidores pela energia reativa excedente?

A multa corresponde ao uso ineficiente do sistema elétrico, podendo resultar em carregamento evitável no sistema de distribuição, comprometimento da qualidade do fornecimento e, ainda, exigir investimentos adicionais de compensação pela concessionária local.

Apesar de descritas na fatura, as multas não são notificadas ao consumidor, que pode, muitas vezes, pagar a tarifa por longos períodos sem perceber. Por isso, é importante acompanhar e entender o que de fato é cobrado na fatura de energia.

Como a concessionária determina a multa?

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) determina que o fator de potência pode variar entre zero e um, mas o ideal é um. Para clientes industriais, este fator de potência deve ser de, no mínimo, 0,92. 

A energia ativa é cobrada na fatura por quantidade de consumo em um intervalo de tempo, enquanto a energia reativa só é cobrada quando é excedente. Quanto mais baixo for o fator de potência, menor a eficiência e rendimento do equipamento, e se o índice ficar abaixo de 0,92, a empresa pode ser multada.

A energia reativa excedente precisa ser controlada para evitar consequências como:

  1. Perdas mais expressivas na rede elétrica;
  2. Mais quedas e flutuações nas redes de distribuição;
  3. Aquecimento e quedas de tensão;
  4. Limitar a capacidade dos condutores e equipamentos da rede. 

A distribuidora pode aplicar multas e dar um prazo para que o excedente seja controlado. Vale destacar que nem todos os consumidores estão sujeitos a essa cobrança. Ela é mais comum para indústrias, estabelecimentos comerciais, condomínios e residências de alto padrão.  

Como evitar o excedente de energia reativa?

Uma dica aos grandes consumidores é verificar se há equipamentos ociosos ou superdimensionados, que podem resultar em energia reativa excedente. Vários motores de pequena potência também contribuem para um baixo fator de potência, além das lâmpadas que utilizam reatores, como as de mercúrio e as fluorescentes.

Uma solução eficiente é a instalação de bancos de capacitores. A redução na conta de energia levará à recuperação do investimento em três ou quatro meses. Considere analisar, também, o redimensionamento de equipamentos e a redistribuição de cargas por diversos circuitos. O Sebrae também publicou um resumo sobre a eficiência dos equipamentos. Clique aqui para acessar o material.

Agora que você já sabe interpretar sua fatura e implementar medidas no controle da energia reativa excedente, aproveite para baixar a conta de luz da sua empresa.

FONTE: SEBRAE

Se você costuma assustar-se com os altos valores da sua conta de luz, é hora de começar a consumir esse recurso de forma mais consciente.

A energia elétrica é um insumo muito importante para as empresas, e o desperdício desse recurso pode gerar prejuízos para o bolso e para o meio ambiente. Se você costuma assustar-se com os altos valores da sua conta de luz, é hora de repensar o jeito que está consumindo energia. Entender os custos cobrados na sua fatura é o primeiro passo para praticar o consumo consciente. 

O esforço vale a pena, pois diante das crises hídricas que continuamente assolam o Brasil, a tendência é de que a fatura de energia elétrica continue pesando no seu bolso. Reduzir o consumo, por outro lado, traz benefícios para a economia e para o meio ambiente, visto que ajuda a preservar as reservas naturais usadas para a produção de energia. 

Como é cobrado o consumo de energia elétrica 

A fatura que chega todos os meses nas casas e empresas dos brasileiros considera os custos de distribuição, transmissão e geração de energia elétrica. A conta inclui ainda a incidência de tributos federais e estaduais e a bandeira tarifária em vigor, um mecanismo que repassa ao consumidor final eventuais aumentos nos custos da geração de energia elétrica em cada região. 

A fatura de energia pode ser considerada uma nota fiscal. Por isso, o documento emitido pelas distribuidoras deve trazer as informações da unidade consumidora, a contratação de fornecimento de energia, indicadores de qualidade da distribuição e todas as cobranças detalhadas, incluindo os impostos e os encargos destinados a outros setores.

A conta traz, também, a evolução do consumo de energia naquela unidade, permitindo ao usuário saber se gastou mais ou menos que nos meses anteriores e qual é a porcentagem de impostos e taxas que incide na cobrança. 

E, caso você tenha dúvidas sobre os valores cobrados, a solução também está na tarifa. A conta de luz deve, obrigatoriamente, trazer os telefones de contato com a concessionária de energia ou agência reguladora. 

Saiba como a tarifa é calculada

A cobrança pelo uso da energia elétrica é feita mensalmente, baseada em uma tarifa unitária de energia. O valor da fatura em reais é resultado da multiplicação da energia consumida (medida em quilowatt hora) no mês pela tarifa aplicada, acrescida de taxas e impostos. Os valores são definidos e homologados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Para onde vai o dinheiro da conta de luz?

Quem recolhe todo o dinheiro que pagamos na conta de luz é a distribuidora local de energia elétrica. Parte do valor recebido, entretanto, é enviado para outras empresas que fazem parte da cadeia de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Ainda, a distribuidora local envia parte do valor para o pagamento das taxas da União, governos estaduais e prefeituras. 

O valor da conta de energia elétrica considera os seguintes custos e tributos:

  • Custos de distribuição, transmissão e geração de energia elétrica.
  • Tributos: PIS e Cofins (federais) e ICMS (estadual e que varia entre os estados).
  • Encargos setoriais: utilizados para cobrir os custos do setor elétrico, como subsídio para clientes de baixa renda.
  • Pode ter uma taxa para as prefeituras para a manutenção do sistema de iluminação pública.
  • Bandeira tarifária – verde, amarela e vermelha 1 e 2.

Medidas para o consumo consciente de energia elétrica

Você já entendeu que a energia elétrica é um insumo caro e que fazer o uso consciente desse recurso traz benefícios para o bolso e para o meio ambiente. 

Para tornar o seu consumo mais eficiente, adote algumas mudanças, como substituir seus equipamentos ineficientes por outros mais novos e econômicos, sempre dando preferência aos que possuem o selo do Procel. Assim, você utiliza a energia elétrica de forma mais segura e econômica, sem abrir mão do seu conforto. 

Para saber se os seus equipamentos são eficientes, uma opção assertiva e fácil de usar é o simulador de consumo. Nesta ferramenta, você seleciona cômodos e equipamentos, informa a potência e o tempo de uso dos aparelhos, e ele estima o consumo total. Ao final, ainda oferece dicas dos equipamentos mais eficientes do mercado, de acordo com o seu perfil de uso.

Agora que você já sabe como analisar a conta de luz, faça dela uma aliada para reduzir seu consumo de energia elétrica! 

Fonte: SEBRAE

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